18 de set. de 2008

DESABAFO

a maioria das vezes subs devolvem a coleira...é mais comum!
Ruminando aqui...quem dá e tira coleira não é Dominador? Não são eles que alforriam suas escravas? Isso não é básico??? Rumino que sim...a sub pode, e deve, expor a seu Dono insatisfações e desejos mas cabe a ele decidir se é hora de ficar, rever ou partir.
Eu sei...no papel é simples...mas me parece inconcebível que em relações – principalmente D/s – estabelecidas isso parta ou aconteça da parte submissa. A submissão é em si um decisão pautada na admiração, desejo e respeito pelo EXERCÍCIO da dominação. E estando, sob domínio, como decidir ir embora?
É uma reflexão apenas...talvez extremada...mais ainda suplicante.
Ao ler a equivalência de relações baunilhas e SM, pra mim estabelecidas em bases diferentes, me alerta ainda mais sobre o distanciamento dos conceitos básicos que identificam relações BDSM. Sem dúvida HOJE em dia são quase iguais...
Hoje é BDSMista quem deseja ser e não quem se identifica com relações sado-masoquistas. Quem encontra no meio satisfação.
É MUUUUUUUito comum ver gente reclamando: estou MUUUUUUUito decepcionada com o BDSM! Com o BDSM? E como ele reagiu a essa sua insatisfação? Conta aí...A decepção vem com os pseudos BDSMistas, tops ou subs, que não SÃO e resolvem ser e terminam por não se comprometer com a prática responsável. Prática que advém do conhecimento, admiração e respeito mútuo. Da capacidade de lidar com toda a gama de sentimentos e
Pra mim a decisão dentro de uma relação BDSM estabelecida parte sempre do Top. O que o faz tomar decisão? A avaliação do todo, das suas condições e das condições da parte submissa. Eu já ouvi de TOP: esse sofrimento estampado em seu rosto é por minha causa? Se for prefiro perde-la.
É atitude de quem leva EM CONSIDERAÇÃO o todo da relação! A retribuição da confiança submissa.
A parte submissa cabe ser clara e expor, o bom e o considerado ruim (raiva, frustração, angustia). Isso é DURANTE a relação como um todo. E não como RECLAMAÇÃO quando não agüenta mais SE CONTER. Não cabe no BDSM exagerar ou camuflar. Ah! Mas o top não ouve...então amiga não é top. Simples assim.
Relações BDSM terminam por disparidades de disponibilidade e por segmentos de reta diferentes (quando o crescimento pessoal proporcionado leva aos envolvidos por caminhos diversos diante das descobertas). O resto é envolvimento baunilha mesclado ao SM.
Quanto a se manter a mesma pessoa no baunilha e no SM...é fazer do BDSM uma pimenta! nao foi uma resposta ao que vc postou mas a um posicionamento geral que leva as pessoas a estabelecerem comparações entre relacionamentos baunilha x relacionamentos BDSM. um equívoco.
é como comparar jogo de futebol x jogo de volei ambos são jogos e são disputados por atletas mas as regras são diferentes e a pontuação se dá por ações diversas
BDSM exige uma revisão de conceitos e parametros necessários a essa vivência.
meu desabafo é exatamente porque as pessoas ficam criticando O BDSM, o que ocorre no MEIO hoje em dia e nao admitem que se fale que estão interpretando as coisas e modificando as bases a seu bel prazer, como se nao houvessem caracteristicas específicas.
hoje é uma ofensa alguem tentar sugerir levemente que isso ou aquilo não seja BDSM. ofende e vem logo alguem gritando QUEM vai dizer o que é? onde está escrito isso?
seria interessante que o BOOM da comunidade fosse acompanhado do entendimento e da compreensão dos conceitos. concordo ser impossível regrar relações baseadas nas perversidades da mente humana, sendo esta particular e única. mas é perfeitamente possível perceber o que rege a relação sadomasoquista, inclusive D/s: dor!
e basta ser capaz de admitir isso, entender dor como um prazer e nao como algo negativo (a ser evitado), pra começar a entender o BDSM.
eu nem sei se quero entrar nas questões de caráter, qualidades e defeitos. mas só pra constar
EU busco no Dominador qualidades diferentes das que aprecio num homem e MUUUUUUUito do que seria visto como defeito no homem pra mim é qualificação no dominador na MINHA vivência algumas questões de caráter são irrelevantes para a relaçao D/s
isso dá pano pra mangas...e é MUUUUUUUito pessoal. entao esquecemos as avaliações subjetivas (porque a sub pode ter os mesmos defeitos de carater que o Dom e gostar disso), e coloquemos apenas o seguinte:
o Dom tem que ser perverso e apreciar o sofrimento. isso é desejavel no homem? entao...trazendo os dois pra mesma esfera...vou dar nó na minha cabeça pra lidar com ele.
é possivel sim, unir ambos os relacionamentos e lidar com ambos (pra quem quer e tem estomago). mas traze-los a uma esfera única é um risco e uma complexidade fadada a dar problemas...
tema polêmico...e no meio hoje...quase hediondo falar cruamente dele.

HOJE

esse foi escrito pro TANQUE em 2006
(todos os que passaram tiveram seus codinomes)
Entao me deparo com minha imagem
Paro, olho no espelho
Nua e quase transparente
Uma mulher transfigurada
Um novo semblante
Maior tranquilidade
Aliada ao ar de luxúria
Puxo o cabelo
Ergo a perna
Aliso a coxa
Com um olhar cálido
Percebo a boca entreaberta
Fecho os olhos e me preenchem sensações
Volto ligeira ao que fazia
A arrumação do quarto
A separação dos acessórios
A escolha dos aromas
A penumbra planejada
Tiro de lá os sapatos
O despojamento toma conta de mim
Volto ao espelho
De frente
Percebo as curvas
As desenho mentalmente
Pressentindo a mão que não tardará
Serei eu sua próxima vítima
Serei eu sua brincadeira
Serei eu depositária
do sadismo
da fome
das secreções
Serei eu SUA
mais uma vez
Todo meu ventre já lateja
Deito-me
Alongo o corpo na cama
Estico
Movimento
Contorço
As sensações ampliam-se
Sei que chega logo
Sei que está aí
Atrás dessa porta
A visão do chicote
estirado sobre a mesinha
Me faz tremer
Ja respiro diferente
O som da chave
A escuridão
Queimo!
Ele me fez assim...saudade imensa...do tamanho Dele!

11 de set. de 2008

Eu era uma vadia

Entrei nessa pelo prazer sexual. Algo mais divertido e elaborado que o comum (e o meu comum já era bastante incomum). Já havia eu viajado pelas pastagens liberais, do swing ao bacanal, da experiência bi ao gang-bang. Sempre fui meio devoradora, gostava dos prazeres imediatos. Tinha fome e saciava minha sede. Os pudores já tinham se perdido pelo ralo. O BDSM parecia algo mais. A chance do uso e abuso sexual, foi e continua sendo, o meu chamariz. Homens me usando. Essa era a fantasia recorrente. Sempre no plural. Tudo bem tinha chicote, vela, etc. Mas isso tudo era acessório...o principal era ser ‘oficialmente’ a puta de alguém. Quando eu parei com o oba-oba inicial, indo aqui e a ali fazer sessãozinha com ‘rapazes safados’ e comecei a me deparar com Dominadores efetivamente, foi que começou a cair mais a ficha. Eles queriam algo mais, e eu queria oferecer isso. Acho que nessa época eu já deixara o nick inicial ‘vadia de brasilia’ e me tornara vaca profana DF. Na época eu fazia a minha descrição assim: alta, branca, cab e olhos castanhos, em forma, ampla comissão de frente, ancas largas e pernas torneadas. Hehehehe...deixava eles doidos,e não mentia (nada como saber valorizar). A vaca veio de uma sacanagem...boa...eu lembrei da música, via um monte de mulher se dizendo cadela...achei perfeitinho. Afinal xingar de vaca sempre foi mais forte que de cadela. Como boa exibicionista eu queria sobressair... Depois, quando começaram a reagir (ueba!) eu botei explicação: Vaca = up grade de cadela Profana = porque eu deixo profanar o que me é mais sagrado (!) meu corpo. Ficou bacaninha né! Então... eu comecei a realmente entrar no BDSM! E bingo! Lembrei de um clássico que li aos 22 anos, por acaso total: Historia de O. Eu li aquilo e enlouqueci, era tudo que eu desejava. Um lugar daqueles, vários homens, um carcereiro, a exposição de partes do corpo, toques, castigos. Ulalá! Comecei a tomar conhecimento dos meus próprios desejos e a ordená-los então. Os desconhecidos com quem realizei fantasias (irresponsavelmente) tornavam-se dispensáveis. Agora eu descobrira que havia homens que apreciavam aquela falta de pudor e moral, e mais desejavam me ter ao lado deles para isso. Descobri que tinha a permissão (do mundo) para ser assim. E eu cresci...

9 de set. de 2008

abrindo a porteira

faz tempo que tento criar esse espaço...hoje o configurei...não sei ainda o que vou escrever...
ja tive motivos vários para escrever um blog...para fazer um registro da minha história, mas sempre fui desorganizada demais pra isso. peço então que nao esperem MUUUUUUUito, nem tão pouco. vamos ver aonde minhas vontades me levam, já que meus desejos me trouxeram até aqui.
já vai longe, quase 07 anos (aliás já aviso sou péssima com datas...nao atentem a cronologia de fatos), que esbarrei numa sala de chat comum com um Dominador - mais tarde descobri que era um switcher, talvez um curioso apenas - e ele me pescou, olhou e determinou: és submissa...a de maior pontuação até hoje...vá pra fetiches!
e lá fui eu...ainda vadia...adentrar aquele mar de tendências, conversas, direções que me apontaram a mim. ali me criei vaca profana. ali ganhei o sMUUUUUUUUUacks para cumprimentar os amigos. ali descobri caminhos vários para conhecer um mundo, um universo de prazeres.
segui minha viagem, mugindo aqui e ali mas principalmente ruminando. como fazem as vacas ia maturando tudo que me chegava. fui abrindo porteiras internas...encontrando respostas...minhas!
me fortaleci...solidifiquei...e tomei gosto!
aos poucos vou dividindo isso com aqueles que apreciarem a leitura.
sejam TODOS MUUUUUUUUUUUUUito bem vindos!
e nao se esqueçam:
bom humor, ironia e MUUUUUUUUito sadismo são parte integrante
nem tudo que aqui se reflete...reflete fatos reais
os surtos de febre aftosa e as crises da vaca louca são permitidos
e vacas voam!
e o Ministério da Saúde Bovina adverte:
quem segue a vaca vai pro brejo!

a escolha e responsabilidade são suas