25 de nov. de 2008

IDADE BDSM DÁ PEDRA

existe uma necessidade para a prática BDSM chamada maturidade de vida. anexe a eesta a maturidade sexual e emocional e...rumine...tanta MATURA IDADE antes de 30 é uma grande impossibilidade...quer praticar antes disso?
pratique...mas tenha consciencia dos riscos a que se expoe sejam eles físicos, facilmente identificáveis, sexuais, emocionais e de vida.quer casar e ter filhos? o SM não é exatamente o meio apropriado pra encontrar essa pessoa (mas pode acontecer...apenas é menor a probabilidade...bemmmmm menor)
pense trabalho, carreira, etc. até onde voce vai lidar com as intensidades e atrações BDSM e sua vida civil??? vai rolar um evento da empresa com piscina...e o biquini...e as marcas??? vai expor???a maturidade sexual de conhecimento do próprio corpo e de suas reações e alterações via hormonios, emoções, etc. por mais que voce ja tenha comido/dado pense até onde realmente se conhece e sabe o que deseja. ou se tudo é uma grande e deliciosa novidade que voce vai experimentando sem saber se é isso mesmo???
conheci pessoas que abandonaram o SM pela sede com que o viveram na juventude e a graça se perdeu...conheci gente que ousou demais - característica propria dos 20 e poucos anos - e perdeu-se de si mesma.estão te levando ou voce está nessa porque realmente ESCOLHEU estar, porque ja experimentou e sabe que isso é o seu prazer real.e o emocional??
recentemente assisti uma sub que chorava só do Dom falar com ela. ele falava ela se desmanchava. também com 18 anos e 3 meses de prática ela já tinha experimentado quase tudo. aos 18 se deparando com a vida...tenho estrutura emocional para a exposição de mim mesma? pra encarar meus bichos internos? pra olhar de verdade pra maldade do outro e apreciar? ou ainda tô bricando de faz de conta???BDSM é real, e mexe na sua vida....
nao que idade faça melhor ou mais preparada ou menos suscetível a enganos.há pessoas que nunca, nunca amadurecem.
mas que o tempo cronológico permite um acúmulo de experiencias que promovem - a quem se permite - um melhor discernimento, isso nao há duvidas...
ha diferença na forma de assimilar tempo por idade...com o passar dos anos voce percebe menos novidades, seu cerebro já registrou mais coisas e portanto voce apreende mais e aprende menos.
apreEnder é um verbo essencial no BDSM.

24 de nov. de 2008

orgulho submisso

e despojamento implica em deixar de lado as vaidades pessoais.o orgulho de ser submissa vem carregado da serenidade do Ser e envolto no silencio interior de contemplação. quanto mais bela me sinto mais me fecho para refletir minhas transformações.
a submissao - aqui retratada na escravidão ao Dono - implicará na mostra da colheita do plantio Dele.
um exercício difícil mas prazeroso e de mais-valia para vida em geral!!!!!!!!
aprendendo a calar-se valorizando a si mesma torna-se fácil viver no mundo cão
e há quem diga que BDSM é pesado! pisc*

8 de out. de 2008

SENTIMENTOS & BDSM: CRIME???

(((postado na comunidade A.S.M.A. do orkut))) não se faz apologia contra isso. se brada - e aqui eu brado acintosamente - é que a base é outra, a construção é outra. que 90% das crises de submissas advém do não entendimento que a submissão construída sob a égide do amor tende a ser passional e ter um preço altíssimo. para ambos! tem a formula do 'eu me dei inteira pra voce e voce nao me deu valor', 'voce nao pode fazer isso comigo depois de tudo que eu fiz pra voce, por voce'. gosto MUUUUUUUUito da colocação da Lé. veio de brinde, foi prêmio! se o amor homem mulher rola, oh yesssssssssss, afinal somos homens e mulheres. mas torná-lo o componente essencial e meritório da relação BDSM que não é homem&mulher, mas Dominador & submissa é que disvirtua e descaracteriza o BDSM. entre Dominador e submissa existe o amor nasce do respeito e da admiração do poder, da capacidade. entre homem e mulher o amor é da reciprocidade, da cumplicidade, da parceria. no BDSM é o que outro te dá de voce mesmo que te encanta. entender isso vai reduzir a possibilidade das decepções, das desilusões que repetidamente assistimos por ai. porque? porque só se desilude quem se ilude antes. as ilusões são baseadas exatamente nos falsos conceitos, nos entendimentos truncados. no uso das artimanhas erradas. e olha, eu conheço gente que fez o caminho inverso e deu supercerto. ninguem disse que é impossível. mas é complicar o simples. dificultar. ampliar sofrimentos ( e o sofrimento do amor baunilha - lutei pra nao usar esse termo, mas nao deu - não é prazeroso, não é SM). o sofrimento que provém dessa base descaracterizada é depressivo. BDSM está vinculado a dor/sofrimento erótico, prazeroso!!! e vou além... eu desacredito - e isso é pessoal - em amar o Dominador isso seria tradução da síndrome de estocolmo. amor ao algoz, aquele que te faz sofrer... esse amor é soturno, obscuro....e em padroes não BDSM....absolutamente condenável! o que eu admiro no Dominador, eu odiaria no meu homem. que é a crueldade, a impiedade, a sordidez. agora se ele for capaz de controlar tudo isso e ser um homem interessante...pode até ser...quem sabe....que ele desperte algo. pois eu tb preciso que o Dominador seja inteligente, sagaz e bem humorado. é isso...expressar sentimentos não é baunilhar. o descaracterizar é quando a pessoa usa isso pra DEFINIR o BSDM e sai divulgando. uma das coisas, que dinossauras como eu, ficam sempre de cara. é que no nosso time, a gente levava uma 'decada' pra criar coragem de se expressar. a gente se manifesta pra perguntar, pra buscar entendimento, tirar dúvidas. não se chegava no SM e com tres meses saia discorrendo verdades. se tinha o entendimetno do preparo. do crescimento. eu sei, sempre tenho em mente que é uma caminhada. o fato de ter caminhado mais um pouquinho não torna o meu caminho fácil. não faz tudo ocorrer por osmose. eu sei...o quanto é duro...rever alguns conceitos e lidar com isso. eu tenho vontades baunilhas...reações baunilhas. mas estando SM eu contenho, eu administro de forma a agradar. fui adestrada!!!! coisa linda...e nada castradora. hoje se falar em adestrar os próprios dons fuzilam a gente. mas a gente era adestrada sim. era orientada - por quem conhecia o BDSM - e era iniciada. hoje vai perguntar por aí...voce tem Mentor? a resposta é tenho...aliás vários...a fulana conhece? voce suspira e lembra que a fulana que troca de coleira a cada tres meses e vive em crise existencial (não porque nao seja BDSM, nao sirva pra sub...mas porque ainda nao AMADURECEU dentro do SM) está orientando alguém...e sendo chamada de Mentora. afffffffffff entao a questão é...expressar sentimentos??? sim, sempre!!!! mas aprimorando o padrão mental e buscando o entendimento do que é EXPRESSAR SENTIMENTOS. aliás se não houver sinceridade da sub, nao haverá Dom para dominá-la. o domínio só é possivel se a sub se der a conhecer. tudo que ela ocultar fará falta ou sobrará e com certeza vai gerar problemas futuros.

ENTÃO ME PERGUNTARAM COMO???
eu costumo dizer que tive MUUUUUUUIta mas MUUUUUUUUita sorte mesmo. meu primeiro 'contrato' SM foi de formação. na verdade ELE não era meu Dono. a proposta foi clara, me adestrar, me formar uma escrava e me entregar a um Dono da escolha Dele. nao chegamos ao termo...mas o adestramento foi realizado. de forma simples unindo teoria e prática. como???
teoria, nao era esse da filosofia BDSM que se debate, discute. nada disso. era um trabalho com conceitos. eu escrevia para ele diariamente sobre todas as minhas sensações eróticas durante o dia. se acordava com tesao, se me masturbava, se sentia tesão por alguém, etc. ELE adentrava o meu texto e ia mexendo com os conceitos e entendimentos. eu lia e repensava, então esclarecia dúvidas.
por vezes ELE nao respondia. só quando havia algo a pontuar. dessa forma exercia a Dominação Psicológica e me mantia ali ligada a ele.
era claro e simples nas instruções sobre os dias de sessão. dia tal, tal hora, de tal forma. ao nos encontrarmos falava sobre o meu comportamento. e havia apenas uma regra extremamente clara. desobediência significava entrar no carro e ser levada para casa. erros eram castigáveis. dúvidas eram possíveis mas desobedecer era abster do prazer que viria.
esse adestramento era feito em publico. shoppings, restaurantes, lojas.
havia algo especialissimo nisso tudo. todo esse caminhar. da hora em que eu recebi o email avisando da sessão até o motel era todo um preparo. quando lá chegavamos, eu já estava absolutamente submissa. absolutamente desprovida da mulher.
o caminho para o motel vinha sempre com pequenas exposições, torturas e/ou ordens. e lá era sempre uma grande surpresa...
minhas reações foram sendo testadas e reordenadas. como? sabe um cachorro estabanado que vem correndo e joga o Dono no chão ao pular para agradá-lo? entao...ele pode ser ensinado a apenas subir no Dono sem derrubá-lo e esperar o afago.
coisas simples...
para ser vendada, eu tive que aprender a não olhar pra ser imobilizada, eu tive que aprender a ficar quieta pra levar a primeira chicotada, eu tive que aprender a não fugir do chicote
ao exprimir meu orgulho por ser ótima...levei a primeira e dolorosa bofetada de castigo (MUUUUUUito diferente do tapa na cara)
e tudo que eu deseja e ELE concordava era sempre feito de uma forma que eu nao imaginaria nunca.
toda modificação substancial de comportamento. coisas do tipo mudar a aparencia ou algo que influisse na minha vida como um todo. era feita por sugestionamento na volta para casa. quando eu apresentava argumentos para não realizar, ELE nunca contraargumentava, somente repetia 'ficaria bem melhor'.
enfim...isso é adestramento! usa-se características pessoais para realçar as qualidades essenciais.
isso é Mentoração. clareamento de conceitos baseados na interpretação da propria mentorada, levando a repensar e apreEnder com nova leitura. não há influência da interpretação do MENTOR, mas aberturas mentais para o desenvolvimento da escrava.
e vamos finalmente a pergunta: Uma curiosidade, como vc foi adestrada para lidar com isso? Enfim, como separar essas diferentes formas de amar?
eu nao fui especificamente adestrada para isso. eu fui mentorada e tive a sorte de passar por Aquele que conhecia e acreditava nos conceitos e bases BDSM enquanto necessários para uma vivência plena desprovida de culpas. e melhor, fazia tudo isso sem alarde, pelo contrário, com uma discrição e uma elegância que ainda nao reencontrei.
por caracteristica pessoal sou poliamorosa. por experiência e escolha sou hedonista. por convicção sou libertina. e tenho como principal conceito da felicidade de Ser a liberdade.
antes de conhecer o SM eu escondia tudo isso e nem mesmo compreendia essa minha essência. não apenas com ELE como na minha vivência BDSM posterior fui encontrando o eco em mim e aceitando essa essência. fui descobrindo que eu posso pagar o preço de ser assim numa sociedade que nao incentiva 'escolhas' opostas. faço-o consciente.
além disso busco o aprimoramento pessoal. acredito ser necessário se fortalecer, mentalmente principalmente, para SUPORTAR a crueza e lado marginal de ser BDSM.
por mais colorido que se pinte o BDSM é sombrio, é under, é crú, é cruel. quem pratica SM é o nosso persona(gem) instintivo, selvagem (aquele que a vida em sociedade teve que burilar e aprisionar para reduzir conflitos). porque? porque esse lado é egoísta, cruel, desprovido de moral.
quando não compartimentamos os nosso persona(gens) tornamos complexo e dolorosamente danosa a vivência BDSM. porque? porque exercitando o lado animal agredimos o lado social e nos tornamos carregados de culpas, ansiedades e o pior...conflitos internos (saca...o ID e o superego se degladiando...até EGO surtar, baixar UTI...e voce ficar perdidona).
a necessidade de estabelecer medidas, limites para a atuação de cada um está exatamente na manutençao do equilíbrio (olha a sanidade aí gente).
isso nao implica em teatro ou em deixar de ser voce mesma.
implica sim em uma das bases do BDSM: Domínio!!!
o exercício da Dominação não se restringe a prática. porque Dominar? porque submeter? é só o Dom que tem que ter dominio? NÃO! para ofertar poder e dar a Ele a condição de te dominar, voce precisa TER dominio de si.
pra isso viaje no conhecimento interno. perceba suas reações. absorva suas sessões. relate-as. se o Dom nao quiser pra ele. relate-as pra voce. se nao gosta de escrever. faça-o mentalmente. veja-se!!! quanto mais dominio tem de si mais tem a oferecer.
e entao...falavamos de que mesmo?rssssss ah ta! de formas de amar. de separar. ao perceber a submissa como parte de voce tornará possível essa condição. quando voce conseguir olhar o Dominador e vê-lo grande, cruel, algoz...para no momento seguinte, após o gostoso banho beijar o homem comum (e tão especial para voce)...e sorrir gostoso pensando: imagina, Ele é aquilo tudo! ai voce vai descobrir que não é tão dificil separar. é ver com olhos limpos, com mente aberta, com a crueza de fatos. saca algo como olhar clínico.
saca o ginecologista que tem uma gostosona ali de pernas abertas, um buceta linda de morrer, babando pra cair de boca e tem que abstrair a gostosa e fazer o exame clínico. isso nao implica que ele nao a ache gostosa e que a deseje. mas que ele VE a cliente e sonha com a mulher.

18 de set. de 2008

DESABAFO

a maioria das vezes subs devolvem a coleira...é mais comum!
Ruminando aqui...quem dá e tira coleira não é Dominador? Não são eles que alforriam suas escravas? Isso não é básico??? Rumino que sim...a sub pode, e deve, expor a seu Dono insatisfações e desejos mas cabe a ele decidir se é hora de ficar, rever ou partir.
Eu sei...no papel é simples...mas me parece inconcebível que em relações – principalmente D/s – estabelecidas isso parta ou aconteça da parte submissa. A submissão é em si um decisão pautada na admiração, desejo e respeito pelo EXERCÍCIO da dominação. E estando, sob domínio, como decidir ir embora?
É uma reflexão apenas...talvez extremada...mais ainda suplicante.
Ao ler a equivalência de relações baunilhas e SM, pra mim estabelecidas em bases diferentes, me alerta ainda mais sobre o distanciamento dos conceitos básicos que identificam relações BDSM. Sem dúvida HOJE em dia são quase iguais...
Hoje é BDSMista quem deseja ser e não quem se identifica com relações sado-masoquistas. Quem encontra no meio satisfação.
É MUUUUUUUito comum ver gente reclamando: estou MUUUUUUUito decepcionada com o BDSM! Com o BDSM? E como ele reagiu a essa sua insatisfação? Conta aí...A decepção vem com os pseudos BDSMistas, tops ou subs, que não SÃO e resolvem ser e terminam por não se comprometer com a prática responsável. Prática que advém do conhecimento, admiração e respeito mútuo. Da capacidade de lidar com toda a gama de sentimentos e
Pra mim a decisão dentro de uma relação BDSM estabelecida parte sempre do Top. O que o faz tomar decisão? A avaliação do todo, das suas condições e das condições da parte submissa. Eu já ouvi de TOP: esse sofrimento estampado em seu rosto é por minha causa? Se for prefiro perde-la.
É atitude de quem leva EM CONSIDERAÇÃO o todo da relação! A retribuição da confiança submissa.
A parte submissa cabe ser clara e expor, o bom e o considerado ruim (raiva, frustração, angustia). Isso é DURANTE a relação como um todo. E não como RECLAMAÇÃO quando não agüenta mais SE CONTER. Não cabe no BDSM exagerar ou camuflar. Ah! Mas o top não ouve...então amiga não é top. Simples assim.
Relações BDSM terminam por disparidades de disponibilidade e por segmentos de reta diferentes (quando o crescimento pessoal proporcionado leva aos envolvidos por caminhos diversos diante das descobertas). O resto é envolvimento baunilha mesclado ao SM.
Quanto a se manter a mesma pessoa no baunilha e no SM...é fazer do BDSM uma pimenta! nao foi uma resposta ao que vc postou mas a um posicionamento geral que leva as pessoas a estabelecerem comparações entre relacionamentos baunilha x relacionamentos BDSM. um equívoco.
é como comparar jogo de futebol x jogo de volei ambos são jogos e são disputados por atletas mas as regras são diferentes e a pontuação se dá por ações diversas
BDSM exige uma revisão de conceitos e parametros necessários a essa vivência.
meu desabafo é exatamente porque as pessoas ficam criticando O BDSM, o que ocorre no MEIO hoje em dia e nao admitem que se fale que estão interpretando as coisas e modificando as bases a seu bel prazer, como se nao houvessem caracteristicas específicas.
hoje é uma ofensa alguem tentar sugerir levemente que isso ou aquilo não seja BDSM. ofende e vem logo alguem gritando QUEM vai dizer o que é? onde está escrito isso?
seria interessante que o BOOM da comunidade fosse acompanhado do entendimento e da compreensão dos conceitos. concordo ser impossível regrar relações baseadas nas perversidades da mente humana, sendo esta particular e única. mas é perfeitamente possível perceber o que rege a relação sadomasoquista, inclusive D/s: dor!
e basta ser capaz de admitir isso, entender dor como um prazer e nao como algo negativo (a ser evitado), pra começar a entender o BDSM.
eu nem sei se quero entrar nas questões de caráter, qualidades e defeitos. mas só pra constar
EU busco no Dominador qualidades diferentes das que aprecio num homem e MUUUUUUUito do que seria visto como defeito no homem pra mim é qualificação no dominador na MINHA vivência algumas questões de caráter são irrelevantes para a relaçao D/s
isso dá pano pra mangas...e é MUUUUUUUito pessoal. entao esquecemos as avaliações subjetivas (porque a sub pode ter os mesmos defeitos de carater que o Dom e gostar disso), e coloquemos apenas o seguinte:
o Dom tem que ser perverso e apreciar o sofrimento. isso é desejavel no homem? entao...trazendo os dois pra mesma esfera...vou dar nó na minha cabeça pra lidar com ele.
é possivel sim, unir ambos os relacionamentos e lidar com ambos (pra quem quer e tem estomago). mas traze-los a uma esfera única é um risco e uma complexidade fadada a dar problemas...
tema polêmico...e no meio hoje...quase hediondo falar cruamente dele.

HOJE

esse foi escrito pro TANQUE em 2006
(todos os que passaram tiveram seus codinomes)
Entao me deparo com minha imagem
Paro, olho no espelho
Nua e quase transparente
Uma mulher transfigurada
Um novo semblante
Maior tranquilidade
Aliada ao ar de luxúria
Puxo o cabelo
Ergo a perna
Aliso a coxa
Com um olhar cálido
Percebo a boca entreaberta
Fecho os olhos e me preenchem sensações
Volto ligeira ao que fazia
A arrumação do quarto
A separação dos acessórios
A escolha dos aromas
A penumbra planejada
Tiro de lá os sapatos
O despojamento toma conta de mim
Volto ao espelho
De frente
Percebo as curvas
As desenho mentalmente
Pressentindo a mão que não tardará
Serei eu sua próxima vítima
Serei eu sua brincadeira
Serei eu depositária
do sadismo
da fome
das secreções
Serei eu SUA
mais uma vez
Todo meu ventre já lateja
Deito-me
Alongo o corpo na cama
Estico
Movimento
Contorço
As sensações ampliam-se
Sei que chega logo
Sei que está aí
Atrás dessa porta
A visão do chicote
estirado sobre a mesinha
Me faz tremer
Ja respiro diferente
O som da chave
A escuridão
Queimo!
Ele me fez assim...saudade imensa...do tamanho Dele!

11 de set. de 2008

Eu era uma vadia

Entrei nessa pelo prazer sexual. Algo mais divertido e elaborado que o comum (e o meu comum já era bastante incomum). Já havia eu viajado pelas pastagens liberais, do swing ao bacanal, da experiência bi ao gang-bang. Sempre fui meio devoradora, gostava dos prazeres imediatos. Tinha fome e saciava minha sede. Os pudores já tinham se perdido pelo ralo. O BDSM parecia algo mais. A chance do uso e abuso sexual, foi e continua sendo, o meu chamariz. Homens me usando. Essa era a fantasia recorrente. Sempre no plural. Tudo bem tinha chicote, vela, etc. Mas isso tudo era acessório...o principal era ser ‘oficialmente’ a puta de alguém. Quando eu parei com o oba-oba inicial, indo aqui e a ali fazer sessãozinha com ‘rapazes safados’ e comecei a me deparar com Dominadores efetivamente, foi que começou a cair mais a ficha. Eles queriam algo mais, e eu queria oferecer isso. Acho que nessa época eu já deixara o nick inicial ‘vadia de brasilia’ e me tornara vaca profana DF. Na época eu fazia a minha descrição assim: alta, branca, cab e olhos castanhos, em forma, ampla comissão de frente, ancas largas e pernas torneadas. Hehehehe...deixava eles doidos,e não mentia (nada como saber valorizar). A vaca veio de uma sacanagem...boa...eu lembrei da música, via um monte de mulher se dizendo cadela...achei perfeitinho. Afinal xingar de vaca sempre foi mais forte que de cadela. Como boa exibicionista eu queria sobressair... Depois, quando começaram a reagir (ueba!) eu botei explicação: Vaca = up grade de cadela Profana = porque eu deixo profanar o que me é mais sagrado (!) meu corpo. Ficou bacaninha né! Então... eu comecei a realmente entrar no BDSM! E bingo! Lembrei de um clássico que li aos 22 anos, por acaso total: Historia de O. Eu li aquilo e enlouqueci, era tudo que eu desejava. Um lugar daqueles, vários homens, um carcereiro, a exposição de partes do corpo, toques, castigos. Ulalá! Comecei a tomar conhecimento dos meus próprios desejos e a ordená-los então. Os desconhecidos com quem realizei fantasias (irresponsavelmente) tornavam-se dispensáveis. Agora eu descobrira que havia homens que apreciavam aquela falta de pudor e moral, e mais desejavam me ter ao lado deles para isso. Descobri que tinha a permissão (do mundo) para ser assim. E eu cresci...

9 de set. de 2008

abrindo a porteira

faz tempo que tento criar esse espaço...hoje o configurei...não sei ainda o que vou escrever...
ja tive motivos vários para escrever um blog...para fazer um registro da minha história, mas sempre fui desorganizada demais pra isso. peço então que nao esperem MUUUUUUUito, nem tão pouco. vamos ver aonde minhas vontades me levam, já que meus desejos me trouxeram até aqui.
já vai longe, quase 07 anos (aliás já aviso sou péssima com datas...nao atentem a cronologia de fatos), que esbarrei numa sala de chat comum com um Dominador - mais tarde descobri que era um switcher, talvez um curioso apenas - e ele me pescou, olhou e determinou: és submissa...a de maior pontuação até hoje...vá pra fetiches!
e lá fui eu...ainda vadia...adentrar aquele mar de tendências, conversas, direções que me apontaram a mim. ali me criei vaca profana. ali ganhei o sMUUUUUUUUUacks para cumprimentar os amigos. ali descobri caminhos vários para conhecer um mundo, um universo de prazeres.
segui minha viagem, mugindo aqui e ali mas principalmente ruminando. como fazem as vacas ia maturando tudo que me chegava. fui abrindo porteiras internas...encontrando respostas...minhas!
me fortaleci...solidifiquei...e tomei gosto!
aos poucos vou dividindo isso com aqueles que apreciarem a leitura.
sejam TODOS MUUUUUUUUUUUUUito bem vindos!
e nao se esqueçam:
bom humor, ironia e MUUUUUUUUito sadismo são parte integrante
nem tudo que aqui se reflete...reflete fatos reais
os surtos de febre aftosa e as crises da vaca louca são permitidos
e vacas voam!
e o Ministério da Saúde Bovina adverte:
quem segue a vaca vai pro brejo!

a escolha e responsabilidade são suas