11 de set. de 2008

Eu era uma vadia

Entrei nessa pelo prazer sexual. Algo mais divertido e elaborado que o comum (e o meu comum já era bastante incomum). Já havia eu viajado pelas pastagens liberais, do swing ao bacanal, da experiência bi ao gang-bang. Sempre fui meio devoradora, gostava dos prazeres imediatos. Tinha fome e saciava minha sede. Os pudores já tinham se perdido pelo ralo. O BDSM parecia algo mais. A chance do uso e abuso sexual, foi e continua sendo, o meu chamariz. Homens me usando. Essa era a fantasia recorrente. Sempre no plural. Tudo bem tinha chicote, vela, etc. Mas isso tudo era acessório...o principal era ser ‘oficialmente’ a puta de alguém. Quando eu parei com o oba-oba inicial, indo aqui e a ali fazer sessãozinha com ‘rapazes safados’ e comecei a me deparar com Dominadores efetivamente, foi que começou a cair mais a ficha. Eles queriam algo mais, e eu queria oferecer isso. Acho que nessa época eu já deixara o nick inicial ‘vadia de brasilia’ e me tornara vaca profana DF. Na época eu fazia a minha descrição assim: alta, branca, cab e olhos castanhos, em forma, ampla comissão de frente, ancas largas e pernas torneadas. Hehehehe...deixava eles doidos,e não mentia (nada como saber valorizar). A vaca veio de uma sacanagem...boa...eu lembrei da música, via um monte de mulher se dizendo cadela...achei perfeitinho. Afinal xingar de vaca sempre foi mais forte que de cadela. Como boa exibicionista eu queria sobressair... Depois, quando começaram a reagir (ueba!) eu botei explicação: Vaca = up grade de cadela Profana = porque eu deixo profanar o que me é mais sagrado (!) meu corpo. Ficou bacaninha né! Então... eu comecei a realmente entrar no BDSM! E bingo! Lembrei de um clássico que li aos 22 anos, por acaso total: Historia de O. Eu li aquilo e enlouqueci, era tudo que eu desejava. Um lugar daqueles, vários homens, um carcereiro, a exposição de partes do corpo, toques, castigos. Ulalá! Comecei a tomar conhecimento dos meus próprios desejos e a ordená-los então. Os desconhecidos com quem realizei fantasias (irresponsavelmente) tornavam-se dispensáveis. Agora eu descobrira que havia homens que apreciavam aquela falta de pudor e moral, e mais desejavam me ter ao lado deles para isso. Descobri que tinha a permissão (do mundo) para ser assim. E eu cresci...